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sábado, 27 de junho de 2015

Outono é azul


Abaixo da camurça decifrei seus tons pardos 
Então o cervo pastava em passos mansos
A corrente vazia do vento tocava-me acima dos escombros 
Acerca dos sonhos solitários culpa-se por estar sobre o chão 
E sobre as nuvens também garoa, quanta estupidez 
Brilho lúgubre do orvalho com cheiro de vazio, tumulto inerte 
Mas todos fizeram sentido, e o sol se pôs, não atrás da colina
Dor já não é mais rotina, é alma, é ama, é sentida
E sentimos, e sentimos. Deixe-me senti-la, ajude-me
Tudo revelou-se azul, minha pele já pertencia ao inferno, sim
O rei mandou minha cabeça para a lagoa da sereia, e ali pereci
Fale tudo sobre, reine sobre o nada, meu senhor
E tudo revelou-se azul, minha voz já sumia com o vento 
Mas que tragédia atrás de nós, como virei para olhar? 
E então já não nadamos, já estamos nas profundezas
E não afogamos, as ondas trazem, as ondas trazem
Está cheia de desesperança, quente perante a lareira
Fria... 
E tudo revelou-se azul... por dentro
terça-feira, 23 de junho de 2015

O dom da solidão 


Voltamos para o mesmo buraco novamente 
Você me rejeitaria três vezes? 
Faça, não há mérito para honrar 
E já estamos livres, a um passo do horizonte 
Mas não somos, ninguém morreu, a casa está vazia 
Poderia te falar onde me encontrar 
Mas não importa, não importa, deixe ir 
E a cada queda eu me compreendo velho
terça-feira, 16 de junho de 2015

Garoa e Baudelaire


As nuvens fecham-se em cortina
Cinzenta, em pálido dia de outono,
Cujo acorde moroso, tardio, ensina
A amplitude do prazer de se ter sono.

Porém, ainda com tudo assim,
Meu dia é elevação.
sexta-feira, 12 de junho de 2015

Sandice?

 Dúvidas e caos submetem-se à minha ordem,
Desorganizada, ofegante ébria.
No caminho entre guerra e paz, perdi-me.

Meus passos guinam e a música me guia,
Entoando avante e à direita.
Acredito ouvir uma voz conhecida...

És tu, deveras? Pudera, à esta hora!
Tu costumas vir se o lírio aflora.
Por fim, minha cara, vieste ou irás embora?

Tu me és familiarmente estranha,
Tu possibilitas o extraordinário.
Quem és, por que reveste-te em manha?

Foste embora, veio embora, irás agora?
Não te conheço, já te conheci.
Nunca te esqueço, dúbio permaneci...

E os sábios fizeram-se infantes.

Tua voz. se és tu que me vem
Repentina, na surdina, quieta,
Mas marcante e imponente, tu, tua voz

Tua voz de elixir, que me encanta,
Tua voz me espanta, faz-me existir,
E a nós todos sublimar-nos em pó!

E eu, só, te não entendo, minha cara.
Tu vem, tu vai, veio e irás.
Ah... insano, eu vou vou atrás.
segunda-feira, 8 de junho de 2015

O Pintor


Escravo de mim mesmo, andei sobre o barranco
Cavalguei pelos mares, afundei em melancolia
Faça uma ponte sobre aquele belo por do céu
Pense em algo novo, não veja se deteriorar

Aqui, do meu lado, ninguém vê o fruto perdido
Espero por ti, talvez nos cumprimentaremos hoje
Ninguém deita na praia para louvar a lua, não a sua
Mas eu estou no mar te olhando, abaixo das ondas

Então você voltou para casa? Dentro da minha mente
Ache um lugar melhor, mas você nunca vai embora
Encontrarei novamente os enigmas de nossos corações
Não adianta voltar como era antes, não para nós

Viajamos para o por, descrevemos a vista, pegamos a curva
Quanta coisa a ser feita... transformaremos em um jardim
Eles estão aqui por você? O que fez? Transformou o céu em azul?
Não tenho tempo para me desculpar, tudo foi com o suspiro
Cada cor em seus olhos, se quer posso achá-la
Chuva, grama, frio, vento, escuro, silêncio
Tanta coisa para passarmos, e passou. Quem sabe você venha
Eu desenhei o horizonte, com as cordas que me restaram
Eu desenhei o horizonte, para você segurá-lo
Eu desenhei o horizonte
sábado, 23 de maio de 2015

Paradoxo do Nada


Vermes em fezes alegres de sua glória
Estupro da criança já morta pela vida
A moça tem sua roupa rasgada na travessa
Sorriso bonito, dentes caindo, Malévola inversa

O mundo é nosso, nosso
O horizonte alegra nossos olhos
O sorriso de felicidade da adoção conquistamos 
O esforço no trabalho vai e vem

A moça já passou, todos não viram, apenas olharam
A criança cresceu, e diminuiu, escureceu 
Os vermes já morreram, teu grito some no arrombo
Arrombo! Porra, presta atenção 

Mas o mundo é lindo
Tem tanta coisa para vermos
Vamos viver, e sentir a vida
O mundo é nosso, nosso
domingo, 17 de maio de 2015

O Nascer


Apenas o vento frio corre pelas ruas
A luz foge das calçadas, escapa
Ela anda, sem pressa, sem destino 
Ponto encruzilhada, para o tempo 

O vento toca a pele, congela 
Seus lábios estão trêmulos
Seus cabelos escuros, 
Dançam com o vento. 

O moinho roda, roda, e para
Disseste que já não há amanhã 
Mas a manhã não deixa acontecer
E o crepúsculo volta teus temores

Olhos que desvendam o universo
O confunde no meio de sua nebulosa
"A senhorita não tem culpa do mundo" 
Mas podemos nascer outra manhã 

Surgiu, no final do vale, um pássaro
Já não cantava, seu voo parava
Pessoas o achavam belo, estátua
O vento tocava sua pena, 
A dama o visitava.


quinta-feira, 14 de maio de 2015

Futuro do Pretérito Perfeito


Sinto-me traído pela  natureza,
Pela beleza da essência.
Por universal sapiência,
Vejo-me caído, flácido e em fraqueza.

Et tu, Amare! És bruto!
Vejo tua secreta forma,
Ouço tua soturna corda,
De choro e música és fruto!

Fui, desavisado e alegre,
E sou feliz por fazê-lo;
Houve dias de frio e de febre:
Bruto, fui feliz em tê-lo.

Porém, reconciliar-me-ei:
Lúcido, digo que A amei!
segunda-feira, 4 de maio de 2015

Faíscas no Horizonte: Encontro 


Não sei se encontrarei o horizonte 
O caminho está morto 
O sol caiu em desgraça 
E quando acontecer, tudo será uno 
Tudo será triste, lúgubre, doce. 
E todas as pontes desabaram 
As ondas alcançaram nosso suspiro 
O trono caiu em pedaços 
A cabeça do rei em uma faca sem ponta 
Noite já não é uma novidade para nós 
E quando acontecer, tudo será uno 
O barco, ainda sobre as ondas, treme 
Pessoas assustadas, 
Sentem o cheiro do sangue em suas mãos 
Hipócritas que são o mundo 
Vivem para alimentar os vermes 
Meus medos se levantaram 
Todos os túmulos desossados 
Nada como o ontem que nunca veio 
Nada como o amanhã sem existência 
Nada como o mundo com gotas de esperança 
Glória para a porra dos crentes 
Está escorregando em nossas mãos 
Está escorregando em nossas mãos 
Está vendo o garoto morrer? 
Está vendo seu coração sangrar? 
Sangre! Curve-se! Salvo pela graça 
Patético, estúpido, salvo pela graça 
Cortou os pulsos, menina? 
Sente melhora? Acalmou a alma? 
Somos carne, somos alvo, somos a salvação 
O inferno já não é novidade para nós 
No final, não olhe nos meus olhos 
Não olhe nos meus olhos 
Olhe o horizonte, o horizonte 
Sou eu, sem ser alcançado 
Olhe o horizonte, o horizonte 
Já estamos prontos, não? 
Sente a mudança de cor em meus olhos 
Vê o podre rastejar sobre as ruas? 
Enxerga o sangue escorrer pelos olhos? 
Queimar a pela, elevar-se 
Então secaram os poços 
Queimamos cidades, almas, anjos, demônios 
E eles se sentiram em casa 
Estou sem meus ossos 
Mole, leve, verme sem alma 
Alma que talvez flutua, alma que talvez seja 
Ama que jamais para, para, para 
Já comecei a apagar minha linhas 
Não siga minha estrada, não toque 
Meus olhos apodrecem, não ganham cor 
Deixo dor para trás, vou para o nada 
Não quero você lá, quero sua linha contínua 
Alcance o horizonte, nos encontraremos 
"Não há nada no ar hoje a noite" 
E quando acontecer, tudo será uno
sábado, 18 de abril de 2015

Volúpia do Aborrecimento


Temo a vida, temo a vinda incerta
Vinda que grita, diz-me sobre Berta,
Que sorri, alma-sóror e alma amável.
Sinto que a amálgama não é mais palpável.

Tomo um gole d'água
Regado à minh'alma.
Um brinde ao Realismo...

E um choro frio e demente
Dá a lágrima ao Romantismo.

Insípidas, cores tendem ao pálido
O que era vívido é lívido e plúmbeo,
E lúrido e insosso e enfuna-se ao esquálido.
Sentir a amálgama é agora tão árduo!

Tomo um gole, álgido,
Regado de amálgama,
Num brinde ao Realismo...

E um choro frio e demente
Dá a lágima ao Romantismo!

domingo, 12 de abril de 2015

Choro de Outono


Mastigo lembranças de outrora
O tempo escorre, como lágrimas de frio,
E o gosto do néctar puro do Rio,
Amargo e escuro em minha boca aflora.

Tal sabor amarronzado,
Fica em minh'alma impregnado
E enquanto rumino o passado,
Inalo o cheiro do futuro, ao lado.

O gosto desce pela garganta,
Paralelo à lagrima pelo rosto...
Ó, Mar, resgata-me do desgosto!

Ó, Céu, livra-mo, do que me espanta!
Sabor sóbrio de breu insalubre!
O coro abrasado hoje é choro frio e fúnebre.
sexta-feira, 10 de abril de 2015

O Delírio


"Chama-me de Natureza, ou de Amor.
Sou tua mãe, e sou também tua inimiga."
Não me estranha tua rima com a Dor...
Tu castigas, sim, mas também abriga.

Tu reduziste eras ao voluptuoso
Destruíste seres e coisas num nada.
"Sim, fi-lo eu, e tal mo foi doloroso.
O dom de dar é o dom de retirar".

Perdão, ó Amor, por minha ingenuidade,
Decidi amar ainda sem a idade!
"Tolo tu, porém inequívoco és.

Sim, sentira-me verdadeiramente."
Assim, sê-lo-ei, Amor, eternamente.
Porém, peço, ausente-me do revés!
quinta-feira, 9 de abril de 2015

Diamante Vítreo


A vida é bela, vivo é quem o diz,
Que a vida de vida repleta se vê;
O mar imenso e belo é profundo,
Mas engolir o sal também é viver

Eu vivo vítreo
Enfrento o arbítrio
A escolha monstro
Escolhi o confronto

Pensamentos meus se esvaem no horizonte
Calados, isolam-me em uma ilha.
Nela vivo só, vivo em família
Fragmentos de luz pingam em minha fronte
E eu bebo a água do desespero
Na temível fonte da desilusão

Bebo-a em copo vítreo:
Cristalino, vejo suas profundezas;
Puro, noto inegáveis belezas;
Porém o copo ainda é vítreo-inato,
E fragmenta-se ao meu tato.
segunda-feira, 6 de abril de 2015

A Cor do Epitáfio


Ouço sons amarronzados.
O lápis pende solto em minha mão,
O ar é denso, movo-me em vão,
E ouço sons indecifrados

Titãs cantam minha verdade.
Cego, dançava a seus tons livres,
Belos e precisos sons e timbres,
Dos quais eu privei a liberdade

Descobri que o que era e o que sou diferem,
E que tais coisas ditas, assim, por mim, me ferem.
Porém, outrem dizer de nada adianta
Se o que vale hoje é o que o Titã canta

Luzes brilhavam
Sinos soavam
Cheiros e gostos
Dançavam em nossos rostos

Vejo em tons amarronzados
Por mais luz que haja na escuridão,
Dracônica é a lei da minha visão:
"Mudastes, não verás dias corados."

Cristalino é o diamante que via,
Aos loucos sons de outrora dançava,
E em belos tons de aurora me alçava,
Perplexo e em transe, eu pedia: "Brilha!"

Atendido e ofuscado pelo brilho estridente, 
Perdi os olhos, peito, força e mente,
A noção, o controle, o remo, a rima...
Mas o Rio que rege a vida vem por cima.

Noites interminavam
Dias se perpetuavam
Sons e cores, tão complicados,
Tons e flores, hoje... amarronzados
sexta-feira, 3 de abril de 2015

blue


As estrelas brilhavam vivas, 
Dormiam perto do oceano,
Rodeavam a lua, aconchegavam, 
Engoliam a tristeza. 

Então uma onda bateu meus pés
Eu senti você...
A onda voltou para o oceano, deitou
E eu estava vazio, desesperado inerte

Andava sem deixar sinal na areia
Andava com a lua,
Suas lágrimas espalhadas no mar
Acolhidas ao pouco pelas estrelas.

Mais uma onda se ergueu no oceano
Não tocou meus pés,
Então sentei, deixei a brisa me tocar
Ficaria esperando a onda

Não chegarei no horizonte
Não sei se ele existe
Mas a lua no céu é real
Nada é fácil, oceanos secam em tristeza 

Então entremos, quero sua mão
Não esquecerei de convidá-la para o mergulho
Sem questões para o céu
Volte para casa, senhorita 
Chega de desvios, mentiras,
Apenas eu, você, o oceano
Estamos fora do mundo
terça-feira, 24 de março de 2015

Faíscas pelo Horizonte


Em pedaços, quebrado, sangrando
A chuva tocou nossa pele, calma
As lágrimas se encontraram no chão
O gramado queima, faísca
O suspiro some com vento
Minha alma paira sobre a neblina
Meu corpo cai em lacunas
Quem vai nos tirar?
Quem vai nos tirar?
Hora de afogar, arrumar os trilhos
Preparar as taças,
Esperar a neve,
Acolher o frio,
Tomarmos o vinho.
Não acredito, desapareço,
Devolva-me minha alma
Estou cansado de nadar,
E boiar não basta.
Acordei com desespero
Ouvi sua voz,
Tocava meus sentidos,
Mergulhava em meu Oceano,
Ficava comigo sobre o gramado.
A temporada começou,
Serei a caça, pegue,
Chateado com o resultado?
Aborrecido com o caminho?
Certo ou errado? Mentira ou dúvida
Deixe-me! Livre-se. Não diga
Afaste-se,  viajei para o horizonte
Alcancei a colina com o por do sol
Vi o brilho em seus olhos
Vejo o mesmo no horizonte,
Vejo o mesmo no luar,
Vejo o mesmo no Oceano,
No mar.
Jogue essa areia sobre...
Recomece,
Refresque, pegue uma sombra.
Sente a brisa bater em seu corpo,
O toque frio, sem dor, sem alegria,
Nada.
Sente o nada?
Sente o nada?
Então eu serei o nada,
Serei a brisa,
Viajarei com o horizonte,
Tocarei a lua,
Ficarei na areia,
Verei o mar,
Serei o Oceano.
Olhe o relógio. Não parou?
segunda-feira, 23 de março de 2015

Aos meus hipócritas


Nos é dado tempo
medido em grãos de areia
Grãos esses que se perdem entre os dedos e as palavras

Nos é dado tempo
na justificativa que temos pouco

Tiram-no de nós na justificativa de que
não sabemos administrá-lo
ou mesmo porque
a morte é certa

Nos é dado tempo
para que criemos mais de nós,
para que saciemos mais de vocês

Pois bem, digo lhes só
O tempo não existe.
Ele é meu e agora
Estou jogando ele no ralo.
sexta-feira, 20 de março de 2015

Dilúvio


O céu está fechando
Não dará tempo,
Não alcançarei o paraíso.
Tentarei me contentar.

Estamos em pé,
O dilúvio já passou,
Os falsos caíram
O inferno não nos espera.

Mas então quem espera?
Não restou lugar, só vazio
Estou vazio, anseio voar
Quero sentir a brisa tocar minha pele

Teus lábios se movem tão lentamente
Seu olhar se confunde com o mundo
Eu vejo dor, ódio, angústia
Isso realmente te pertence?

Deixamos a poeira de lado
Já as deixei na janela
O vento vai bater e levá-la
Outro dia, quem sabe

Vivo com meus demônios
Não estou com medo
Não estou abandonado
Estou comigo, e muitas almas

Alma, não sei onde está
Não sei se sou, ou se foi
Não sei se olho para fora do túmulo
Ou se olho para dentro dele

Sem Graça à Oeste
Nada está norteando a vida
Mas o vento ainda segue seu ritmo
E os mares ainda carregam o lixo do mundo
domingo, 8 de março de 2015


Neodisseia

 

Sou Aquiles feito de tornozelos
Sou Teseu sem Ariadne
Sou Ulisses sem arrojo,
E minha Ilíada ainda está por vir

 Será isso o triste fim?
Ouço eu os sons da Diáspora?
Ouço eu os gritos da Ágora?
 Trará isto Cérberus a mim?

Sou Davi sem Deus nem pedra
Sou Moisés sem fé, sem força
Sou Cabral sem vento ou Sagres
E os Abismos me aguardam...

Aguardem-me. Temam-me.
Derrubei Troia, a Grécia e o Minotauro.
Degolei Golias e o Cão Tricéfalo.
Atravessei o Mar Vermelho a nado.
A minha Boa Esperança é a Tormenta do próximo!
sábado, 7 de março de 2015

Ventania


Pelos montes caminha vagarosa
Ilhas de tormento levam teu sorriso
Aprisiona-se entre as dores do mundo
Pega tuas cores para extermínio 

Certamente entre as montanhas o sol nascerá
Nossas vidas ainda podem acordar
O coração talvez surgirá
A esperança aparenta perpétua, para a vida 

Andastes no campo sozinha
Como o vento, foi e sumiu,
Passa para melhorar o dia, refresca, 
Depois se perde no mundo 

A ventania passou, levou as flores
O perfume sumiu das rosas,
O brilho do sol acaba, morre
As folhas continuam

Há razão para andar nos montes?
Ver o sol se por, e se por, e se por
A lua refletir no lago, 
A lágrima cair no gramado,
O cheiro verde do molhado invadir o olfato,
A lua segurar a dor, o dia despreocupado,
Há razão? Ou aceitaremos de bom grado?