Autores
- Augusto Mundo (8)
- D.O. Arghus (47)
- Lázaro Petrarca (28)
- V. Pictor (5)
Blocos Especiais
Parceiros
Participações

Mostrando postagens com marcador Crônicas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Crônicas. Mostrar todas as postagens
sábado, 20 de junho de 2015
Expedições - Misteriosa
Declaro-me… vencido.
Apesar de meus
mais viris esforços, de
minhas mais radicais forças, quem venceu
foi quem sempre vence,
prevaleceu a vontade da vida sobre a do reles
mortal. Divagar devagar
vagabundeando em meio a relações afetivas
nunca me pareceu tão
prolixo, e profundo. Engraçado, seria cômico, não
fosse verdade.
Ah… todos querem te
domar, é
inegável. Desde que se
entende por gente, quer se entender as outras
gentes e, com o tempo,
quer se as outras gentes. O que me amedronta é
a parte de ficar preso
entre seus dentes. É sempre em anos tão… difíceis,
ou importantes (ou os
dois, sendo esta a forma que parece ser-lhe de predileção)
que essa Louca decide
bater na minha porta e me chamar pra tomar um café,
ou um cappuccino - mas
sempre sem açúcar. Sem compromisso, só para perguntar
como foi meu dia. E,
claro, para aproveitar e se jogar nele também.
Como disse, cômico não?
Não, para mim não. Bem, talvez um pouco. Mas é divertido,
isso é. E o é quase tão
indubitavelmente quanto a demora de Descartes para decidir, sem
sombra de dúvidas, o que
pedir num jantar no qual o assunto ondula entre
Deus, a aplicabilidade do
Método Científico e se os vencedores, de fato, ficam ou não
com as batatas.
Mesmo assim, maravilhoso.
Será? Não importa, mas é
curioso, isso sim. É
intrigante como a natureza do homem é buscar o que
lhe é mistério,
incógnito, o que ele mais desconhece. Reside aí outra
verdade irrefutável.
Coisa de louco, diria eu. O fato é que insanidade
desequilibra,
desequilíbrio dá vertigem, vertigem dá uma queda, queda
faz cair, e ao cair… bem,
ao cair, a gravidade da situação é que irá
ditar as regras.
O caráter misterioso
dessas inexplicáveis
sensações e relações
humanas simplesmente me intrigam. Ainda mais sendo
eu um reles humano,
sujeito a sujar-se com suor e sucesso, em meio a
esforço e sofrimento,
todos somados nela: a misteriosa Sandice.
Marcadores:
Crônicas,
Lázaro Petrarca
|
0
comentários
domingo, 1 de março de 2015
Expedição - Primeira
A vida que vivemos é sem significado. Não a vida em si, maravilhosa, completa, cheirosa e todo o resto dos adjetivos empíricos, bons ou não tanto. Essa não, mas esta vida, que vivemos, em suma é uma grande bolota de elementos escritos, que deverão ser lidos, reescritos, talvez editados, quem sabe (seria surpreendente!) aprendidos. Enfim: inutilidade.
Quero eu escutar (e viver o escutado, tornando tal feito homérico) os conselhos do saudoso professor J.R.R. Tolkien, linguista e pai de boa parte da Fantasia presente nas nossas deliciosas estórias de hoje em dia: "Se mais pessoas dessem valor a comida, bebida e música ao invés do ouro, o mundo seria um lugar mais alegre". Perfeito. Incisivo. Hedonista? Bom, tudo na sua devida medida, ainda que essa por vezes seja um exagero por si só, dou-me o direito de dizer, para o inferno com os mornos. E veja bem, quem disse isso foi... bom, foi "Deus". Se não ele, Sua Palavra disse.
Mas voltando ao tédio do Mundo Escrito dos dias de hoje: se lendo eu me entendo, te entendo e nos entendemos, escrever me liberta, te liberta, é fato, porém nos aprisiona ao doentio e fascinante universo das palavras, lidas e escritas. É uma prisão confortável, de mimos e deleites, reconheço, contudo nos limita tal qual a ignorância.
Há outras formas indubitáveis de se mudar. De se fazer. Outros jeitos de ser! A mais prática e usual é pela leitura-escrita, mas... há vida após a palavra, isso eu garanto. Afinal, quem inventou tudo isso que coloco agora diante de seus vorazes olhos foi nada mais que um comerciante analfabeto e seus companheiros fenícios. De uma forma ou de outra, no caso, em forma de palavras, fica aqui um convite aos interessados e um desafio aos outros para responder a Pergunta Fundamental - a qual cada um escolhe a sua, no tempo em que quiser. Acompanhem-me em estas peculiares Expedições, fazendo um uso surdo do inefável "mundo das palavras", para, com sorte, um dia talvez nos tornarmos um tanto mais... sábios. Um brinde à sabedoria, e um à bestialidade. Bebamos direto da fonte a eterna e inesgotável benção torta chamada Humanidade!
Marcadores:
Crônicas,
Lázaro Petrarca
|
0
comentários
Assinar:
Postagens (Atom)