sábado, 18 de abril de 2015

Volúpia do Aborrecimento


Temo a vida, temo a vinda incerta
Vinda que grita, diz-me sobre Berta,
Que sorri, alma-sóror e alma amável.
Sinto que a amálgama não é mais palpável.

Tomo um gole d'água
Regado à minh'alma.
Um brinde ao Realismo...

E um choro frio e demente
Dá a lágrima ao Romantismo.

Insípidas, cores tendem ao pálido
O que era vívido é lívido e plúmbeo,
E lúrido e insosso e enfuna-se ao esquálido.
Sentir a amálgama é agora tão árduo!

Tomo um gole, álgido,
Regado de amálgama,
Num brinde ao Realismo...

E um choro frio e demente
Dá a lágima ao Romantismo!

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