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domingo, 12 de abril de 2015
Choro de Outono
Mastigo lembranças de outrora
O tempo escorre, como lágrimas de frio,
E o gosto do néctar puro do Rio,
Amargo e escuro em minha boca aflora.
Tal sabor amarronzado,
Fica em minh'alma impregnado
E enquanto rumino o passado,
Inalo o cheiro do futuro, ao lado.
O gosto desce pela garganta,
Paralelo à lagrima pelo rosto...
Ó, Mar, resgata-me do desgosto!
Ó, Céu, livra-mo, do que me espanta!
Sabor sóbrio de breu insalubre!
O coro abrasado hoje é choro frio e fúnebre.
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Lázaro Petrarca,
Poemas
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