segunda-feira, 4 de maio de 2015

Faíscas no Horizonte: Encontro 


Não sei se encontrarei o horizonte 
O caminho está morto 
O sol caiu em desgraça 
E quando acontecer, tudo será uno 
Tudo será triste, lúgubre, doce. 
E todas as pontes desabaram 
As ondas alcançaram nosso suspiro 
O trono caiu em pedaços 
A cabeça do rei em uma faca sem ponta 
Noite já não é uma novidade para nós 
E quando acontecer, tudo será uno 
O barco, ainda sobre as ondas, treme 
Pessoas assustadas, 
Sentem o cheiro do sangue em suas mãos 
Hipócritas que são o mundo 
Vivem para alimentar os vermes 
Meus medos se levantaram 
Todos os túmulos desossados 
Nada como o ontem que nunca veio 
Nada como o amanhã sem existência 
Nada como o mundo com gotas de esperança 
Glória para a porra dos crentes 
Está escorregando em nossas mãos 
Está escorregando em nossas mãos 
Está vendo o garoto morrer? 
Está vendo seu coração sangrar? 
Sangre! Curve-se! Salvo pela graça 
Patético, estúpido, salvo pela graça 
Cortou os pulsos, menina? 
Sente melhora? Acalmou a alma? 
Somos carne, somos alvo, somos a salvação 
O inferno já não é novidade para nós 
No final, não olhe nos meus olhos 
Não olhe nos meus olhos 
Olhe o horizonte, o horizonte 
Sou eu, sem ser alcançado 
Olhe o horizonte, o horizonte 
Já estamos prontos, não? 
Sente a mudança de cor em meus olhos 
Vê o podre rastejar sobre as ruas? 
Enxerga o sangue escorrer pelos olhos? 
Queimar a pela, elevar-se 
Então secaram os poços 
Queimamos cidades, almas, anjos, demônios 
E eles se sentiram em casa 
Estou sem meus ossos 
Mole, leve, verme sem alma 
Alma que talvez flutua, alma que talvez seja 
Ama que jamais para, para, para 
Já comecei a apagar minha linhas 
Não siga minha estrada, não toque 
Meus olhos apodrecem, não ganham cor 
Deixo dor para trás, vou para o nada 
Não quero você lá, quero sua linha contínua 
Alcance o horizonte, nos encontraremos 
"Não há nada no ar hoje a noite" 
E quando acontecer, tudo será uno

0 comentários: